segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Opinião Sobre a Educação Atual no Brasil do Ex-Aluno do Ensino Médio Manoel Messias da Silva

Quando cursei o ensino médio, trabalhava de manhã e de tarde. Do serviço ia direto para a escola, em que estudava no noturno, sem tomar banho e sem comer. Ficava até às 11:00 e ia embora a pé para casa, que ficava em outro bairro.
Todas as aulas eram tradicionais e expositivas. Não tinha esse negócio de brincadeirinha, dinamicazinha, filminho, passeiozinho, e também não tinha essa coisa de aluno ficar bocejando e reclamando de “aula chata”. Até que apareceram as mentes brilhantes.
Inventaram essa hiatória que estudar é ruim, prestar atenção na aula é ruim, ler é ruim, disciplina é ruim e o professor é quem deve “prender a atenção” do aluno.
O aluno não tem obrigação nenhuma de prestar atenção nem de aprender, cada professor deve usar de artifícios lúdicos, ficando implícita a imploração que o aluno preste atenção: contar piada, cantar, dançar, fazer malabarismo, acrobacia, streep-tease.
Hoje, como professor fico horrorizado com o nível de ensino a que chegamos.
O aluno não pode trabalhar (a lei não permite). Acorda tarde, (pelo menos o que estuda no vespertino) vai para a escola, acha que está lá para brincar e não aprender. Recebe livro didático, tem internet para pesquisar a vontade e ainda reclama.
Prestar atenção? Oh! Que horror!
Ler um texto? Prefere levar um tiro.
Estudar? Tortura. É por essas práticas pedagógicas (ou seriam demagógicas?) que o ensino do Brasil vai de péssimo a pior.

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