quarta-feira, 20 de junho de 2012

História das Festas Juninas

  As festas juninas tiveram origem no Egito Antigo
As festas juninas são muito antigas, anteriores inclusive ao cristianismo e - conseqüentemente - à Igreja Católica. Suas origens estão no Egito Antigo, onde nesta época era celebrado o início da colheita, cultuando os deuses do sol e da fertilidade.

Com o domínio do Império Romano sobre os egípcios, essa tradição foi espalhada pelo continente europeu, principalmente na Espanha e em Portugal. Quando o cristianismo tornou-se a religião oficial do Ocidente, a festa mudou para homenagear o nascimento de São João Batista, que foi quem batizou Jesus.
Por ser colônia portuguesa, o Brasil herdou o costume, principalmente no Nordeste, em que os festejos coincidem com a colheita de milho. A data passou a parte do calendário católico, seguindo o exemplo de outras comemorações de dias santos, como o nascimento de Cristo (Natal) e sua morte (Páscoa).

As chamadas festas juninas reúnem as homenagens aos principais santos reverenciados no mês de junho: Santo Antônio, São João e São Pedro. A época é marcada por brincadeiras, comidas típicas, dança e muita superstição, presentes nas simpatias juninas. É a hora de se vestir de caipira e aproveitar esta festa que é um misto de profana e religiosa.

Conheça mais sobre os anfitriões das festas:

Foto: Reprodução

Santo Antônio (13 de junho)

Além de casamenteiro, Santo Antônio é invocado para achar coisas perdidas. É uma prática comum, no dia em sua homenagem, os jovens fazerem simpatias e "adivinhações" para conquistar alguém ou descobrir quando irá se casar.
O padroeiro dos namorados era português, de uma família tradicional de Lisboa e foi ordenado sacerdote aos 23 anos. Seu nome verdadeiro era Fernando de Bulhões e se tornou Antônio quando ingressou na Ordem de São Francisco de Assis. Começou a fazer os primeiros milagres na África, onde foi pregar o evangelho. Morreu em Pádua, na Itália, em 13 de junho de 1231.

Essa é a razão da escolha do dia em sua homenagem. O local de sua morte tornou-se seu sobrenome, ficando então conhecido como Santo Antônio de Pádua.


Foto: Reprodução

São João (24 de junho)

Vários costumes juninos representam atos em homenagem a São João. A fogueira, por exemplo, lembra o anúncio do nascimento de João Batista, filho de Isabel e primo de Jesus, à Virgem Maria. Como era noite e Isabel morava em uma colina, esta foi a forma encontrada para o aviso.
Por este motivo, nas noites de junho são montadas fogueiras como forma de celebração. Para a Igreja Católica, o acontecimento significa algo mais, o de preparar a vinda de Jesus. No sertão, o batismo de João também é lembrado com banhos à meia-noite no rio mais próximo.

Foto: Reprodução

São Pedro (29 de junho)

Este pescador tornou-se apóstolo e acompanhou todos os atos da vida de Jesus. O trabalho exercido antes de seguir o messias fez com que fosse considerado o santo dos pescadores. Ele é "O porteiro do céu".
A tradição popular interpreta uma passagem bíblica, em que Jesus Cristo diz: "Eu te darei a chave do reino dos céus. A quem abrires será aberta. A quem fechares será fechada".

Assim como Santo Antônio, o dia em sua homenagem é o mesmo de sua morte, que aconteceu em Roma, em 64 d.C. Acredita-se que tenha sido viúvo, um dos motivos para a devoção das viúvas ao santo. Também é costume acender fogueiras e realizar procissões em sua homenagem no dia 29 de junho.
Ritmos e danças típicas das festas juninas


Foto: Arquivo/DP

Quadrilha

De origem francesa, a quadrilha era uma dança típica que celebrava os casamentos da aristocracia européia. Dançada em pares, já era praticada no Brasil desde 1820 e foi se popularizando desde então. Os tecidos finos da nobreza francesa deram lugar à chita, tecido mais barato e acessível, e o casamento nobre foi adaptado a uma encenação.

O enredo da união caipira é geralmente o mesmo: a noiva, que geralmente está grávida, é obrigada a casar pelos pais e o noivo recusa, sendo preciso a intervenção da polícia para que o caso se resolva. A quadrilha, como era no começo do século XIX, é realizada como comemoração do casório.

A mudança dos passos é anunciada por um locutor ao som do forró. Existem, hoje, as chamadas quadrilhas estilizadas com passos marcados e coreografias ensaiadas (que mais parecem aulas de ginástica aeróbica) e criadas exclusivamente para uma determinada música.


Forró

Existem duas atribuições para a origem do nome forró. Uma delas é que corresponda etimologicamente ao termo forrobodó, que - na linguagem do caipira brasileiro - quer dizer festança ou baile popular onde há grande animação, fartura de comida e bebida e muita descontração. A outra é ao termo inglês for all (para todos), usado para designar festas feitas nas bases americanas no Nordeste, na época da Segunda Guerra Mundial, e que eram abertas ao público, ou seja, “for all” e a pronúncia local transformou a expressão em forró. A música é tocada à base da sanfona, da zabumba e do triângulo, conhecida como arrasta-pé ou pé-de-serra, sendo esta última considerada a versão mais autêntica. O ritmo sofreu algumas variações e atualmente alguns músicos incorporaram o baixo, a guitarra e a bateria às suas melodias.


Baião

Acredita-se que a palavra baião tenha surgido de bailão, fazendo alusão a "baile grande". Esta dança popular do século XIX permite a improvisação, sendo mais rápido do que o xote que a torna mais viva.

A habilidade nos pés é maior, exigindo movimentos mais velozes do corpo. Os passos são acompanhados por palmas, estalos de dedos e "umbigadas". A marcação da dança segue a musicalidade dos cocos e da sanfona.
Fonte: © Hotsite São João Pernambuco.com

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Aluno Emanuel Carlos do 7º Ano da Escola Adalice Realiza Belo Trabalho com Cordel

Veja o Conteúdo Abaixo:

Escola Municipal Adalice Remígio Gomes
Ano 2012
Biografia em cordel 
Autor:Emanuel Carlos- 7º Ano)
                                                                Profª: Josenilda Cavalcante                                                                                                
Eu agora vou falar
Com grande inspiração
Do nosso Luiz Gonzaga
Que é o rei do baião
Grande artista, famoso
Que tenho admiração.

Antes dos dezoito anos
Teve primeira paixão
Nazarena o seu nome
E moça da região
Rejeitado pelo sogro
Não queria o genro não

Luiz partiu revoltado
Ao exército foi servir
Muitos anos se passaram
Sem querer voltar ali
Por causa daquele amor
Ele queria sumir.

Primeira contratação
Na Rádio  Nacional
Apresentou-se vestido
De vaqueiro bem bossal
Consagrou-se um artista
E muito especial.

No Programa do Ary
Já foi muito aplaudido
Cantando ”Vira e mexe”
E foi bastante ouvido
O sucesso lhe valeu
Um dia engrandecido.

Sabendo que sua amante
Ia virar mãe solteira
Assumiu paternidade
Foi essa grande maneira
Adotando Gonzaguinha
Foi um ato de grandeza.
  Do reencontro com o pai
Surgiu uma criação
O “ Respeita Januário”
Uma forte emoção
Na vida desse cantor
É grande composição.
                                                                                                   
Voltou e  casou em  Exu
 Pernambucana foi ela
Helena era o seu nome
Professora muito bela
Era dele secretária
Luiz gostou tanto dela.

O casal viveu bem junto
E ela sem engravidar
Adotaram uma menina
Eu também quero contar
O nome dela é Rosa
Foi dia de se alegrar.

Gonzaguinha a mãe perdeu
Helena não quis criar
A sorte que uns padrinhos
Aceitaram lhe apoiar
Um rapaz  complicado
Logo iria se tornar

Mas com o passar do tempo
Gonzaguinha despertou
Fez músicas pra Luiz
A coisa toda mudou
E pelo Brasil inteiro
Essa dupla viajou.

Luiz festas animava
Com forró bem popular
Inventor de melodias
Não dá nem para falar
Das suas famosas músicas
Asa branca é exemplar.

Morreu nosso Luiz
No Hospital Santa Joana
Na cidade do Recife
Capital pernambucana
Enterrado em Exu
Foi-se o filho de Santana.

Neste seu centenário
Temos que nos orgulhar
Deste artista famoso
Nordeste é o lugar
Quando toca o seu forró
O povo só quer dançar.


As Inscrições da Olimpiada de Lingua Portuguesa Foram prorrogadas

Olimpiada Brasileira de Astronomia


A sua escola já possui o Galileoscópio?
Não?!
Então participe do XXVIII EREA em Belo Horizonte!
Essa é a ultima chance da sua escola receber esta luneta! Corra! Pois as vagas estão acabando!
Maiores informações no corpo deste email.

Prezados Professores representantes e colaboradores da OBA,

Com o intuito de mantê-los informados sobre as ofertas de curso, minicursos, eventos, etc, relacionados ao ensino, divulgação e ou popularização da Astronomia estamos informando a realização do XXVIII Encontro Regional de Ensino de Astronomia, XXVIII EREA, a ser realizado em Belo Horizonte, MG, no período de 7 a 9 de junho deste ano.
A página do evento tem todas as informações. As inscrições já estão abertas e disponíveis neste site. A programação do evento contemplará várias oficinas. A participação do Astronauta Marcos Pontes está quase confirmada. Toda escola representada no evento ganhará uma luneta astronômica, chamada Galileoscópio, desde que ainda não a tenha ganhado da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica.
As inscrições se encerram no dia 31 de maio deste ano. Recomendamos fortemente que tentem participar, pois não temos outro EREA agendado para Minas Gerias para este ano. A participação, como sempre, está aberta a participantes de qualquer lugar do Brasil. O evento se destina somente a professores que trabalham os conteúdos de astronomia ou futuros professores.
Dúvidas poderão ser esclarecidas com a "Alcione Caetano" alcionecaetano9@gmail.com ou pelo telefone:  (31)8694-5077 ou (31) 3498-4741

Aproveitamos a ocasião para divulgar também o XXX Encontro Regional de Ensino de Astronomia de Natal, RN.  O evento será realizado de 23 a 26 de julho de 2012. Todas as informações, com muitos detalhes estão na página http://www.dfte.ufrn.br/erea/.


Cordialmente,

Prof. Dr. João Canalle
Coordenador da OBA e dos EREAs.

Publicado o Edital de Seleção para o Mestrado Profissional em Matemática - Entrada 2013

 Recebemos um email do Profº da UFCG Aparecido Jesuino sobre o mestrado em matemática, e postamos aqui para conhecimento dos nossos professores e comunidade em geral. Veja o conteúdo do email abaixo:

Prezados Professores,

Tomei a liberdade de usar os seus endereços, obtidos via OBMEP, para pedir  por gentileza
que divulguem junto aos seus colegas o lançamemento do Edital para o Exame
Nacional de Acesso ao Mestrado Profissional em Matemática - PROFMAT- Entrada 2013,
cujo período de inscrição começou em
 28/05/12 e vai até 02/07/12, com  realização do Exame  em 25/08/12 as 13:00h no horário Oficial de Brasília.

Se possível, por favor divulguem também o cartaz em anexo.

   .
Aqui na UAME/CCT/UFCG estão sendo oferecidas 20 vagas, sendo 16 (dezesseis) para
 professores da rede pública, os quais uma vez selecionados têm direito à uma bolsa CAPES
 no valor de R$1200,00, e as outras 4 (quatro) vagas para  demais candidatos com formação de nível superior.

As aulas na UFCG, a se inciarem em março de 2013, deverão ocorrer  às sextas feiras de manhã  e de tarde no Campus  de Campina Grande.

Outras informações podem ser obtidas no próprio Edital que está disponível para download nos endereços eletrônicos

http://www.profmat-sbm.org.br/
http://www.dme.ufcg.edu.br/PROFmat/Index.html
ou pelo endereço de e-mail: profmat_ufcg@dme.ufcg.edu.pf ou ainda pelos números de telefones: (83) 2101-1112, 2101-1584


Muito Obrigado,

Prof. Aparecido Jesuino de Souza

(Coordenador Local do PROFMAT/CCT-UFCG)

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Estudantes aprendem a reciclar e a formular ações de cidadania

Na escola José Elias da Rocha, de Ponta Grossa, professores constatam que a autoestima dos estudantes aumenta quando percebem que são capazes de fazer coisas bonitas e úteis a partir de material reciclado (foto: arquivo da escola)Duas escolas do interior paranaense desenvolvem projetos destinados a despertar nos estudantes a consciência ambiental. Em ambas, o lixo é reciclado, reutilizado e reduzido com a participação dos alunos. Mauricéia Aparecida de Castro, professora do Colégio Estadual José Elias da Rocha, de Ponta Grossa, destaca a importância de os professores, como formadores de opinião, incentivarem os alunos a formular ações de cidadania. Ítalo Ariel Zanelato, do Colégio Estadual Leonilda Papen, do município de Mercedes, salienta que cabe à escola incutir nos estudantes a cultura de preservação do meio ambiente.

Formada em ciências biológicas, com 20 anos de magistério, Mauricéia desenvolve, desde 2000, o projeto A Reciclagem como Cultura Ambiental na Escola, destinado a viabilizar a reciclagem de resíduos sólidos durante atividades curriculares. Outra meta é promover a integração com a comunidade local e transmitir valores éticos, atitudes e comportamentos ecologicamente corretos.

Segundo Mauricéia, os alunos gostam das atividades de reaproveitamento de materiais recicláveis. Com jornais velhos, confeccionam vasos de flores e bijuterias; com garrafas plásticas, montam brinquedos e pufes. Potes de vidro são reaproveitados para guardar condimentos e balas e embalagens de leite dão origem a sacolas. Bolsas podem ser feitas com lacres de latinhas de alumínio. Óleo de fritura é destinado à produção de sabão. De acordo com a professora, a autoestima dos estudantes aumenta quando percebem que são capazes de fazer coisas bonitas e úteis.

Mauricéia, que leciona ciências a estudantes do ensino fundamental e biologia aos do ensino médio, cadastrou o colégio em campanha de reciclagem promovida por um fabricante de produtos verdes. Os alunos coletam embalagens diversas e as enviam à empresa via Correios, com porte pago. A atividade recebe uma pontuação e, ao atingir um índice predeterminado, o valor é revertido em dinheiro para a escola.

Formação — No Colégio Leonilda Papen, o grêmio estudantil mobiliza os alunos para a coleta de lixo reciclável na escola, em casa e nas casas de parentes. Esse lixo, segundo o professor Zanelato, coordenador do grêmio, é encaminhado a cooperativas de reciclagem. O dinheiro arrecadado é usado na manutenção da horta escolar.

“A iniciativa é de fundamental importância, pois coloca os alunos em ação, rompe com a inércia e desenvolve a consciência correta em relação ao uso racional dos resíduos naturais”, avalia o diretor da escola, Carlos Seibert, graduado em educação física e em ciências sociais, professor desde 1988. “Além de contribuir para a formação do aluno, a ação torna-se instrumento de formação de toda a família, multiplicando assim sua abrangência.”

Os professores também incentivam os alunos a doar o papel de todas as provas e trabalhos feitos para a reciclagem. Segundo Zanelato, estão envolvidos nas atividades estudantes de turmas do sexto ano do ensino fundamental até a terceira série do ensino médio. “É de essencial importância educar nossos alunos para serem cidadãos conscientes, éticos, morais, pensadores e responsáveis por tudo o que produzem, inclusive lixo”, diz Zanelato, formado em filosofia. “Nossa expectativa é que o aluno, além de olhar para a sociedade consumista de forma crítica, possa colocar-se como sujeito da história e entender que ele também é responsável pelo meio ambiente em que vive e pela sua preservação.”

Ana Júlia Silva de Souza

Saiba mais no Jornal do Professor



Palavras-chave: conservação, lixo, reciclagem

terça-feira, 12 de junho de 2012

Cultura popular - Literatura de cordel empolga alunos e promove aprendizagem

O conhecimento da literatura de cordel ajuda estudantes piauienses do ensino fundamental a desenvolver o processo de aprendizagem (foto: funcorpiaui blogspot com)Os alunos de Maria Eliana Ferreira da Silva, de Teresina, gostaram muito do trabalho com literatura de cordel que a professora de língua portuguesa desenvolveu, em 2011, na Escola Municipal Marcílio Rangel. A empolgação dos estudantes do oitavo e do nono anos e a receptividade que tiveram em relação às atividades desenvolvidas surpreenderam a professora.

“Todos aceitaram ler e produzir cordéis, até os mais tímidos. Sem dúvida, esse trabalho rendeu bons frutos”, revela Maria Eliana. Ela conta que este ano já foi procurada por alguns alunos, interessados em saber se vão trabalhar novamente com cordel. “Isso, sem dúvida, mostra o quanto a atividade foi significativa para eles, o que, consequentemente, leva a melhorias na aprendizagem”, destaca a professora. Com graduação em licenciatura plena em letras, está há cinco anos no magistério.

Segundo Maria Eliana, o objetivo principal do trabalho que realizou foi de valorizar a cultura nordestina. Além de lerem cordéis feitos pela professora e cordelistas locais, os alunos tiveram que produzir seus próprios trabalhos. As atividades tiveram início com a leitura, expressiva, feita pela professora, de um cordel feito por ela, com elogios aos alunos. Depois, os estudantes tiveram que ler diversos cordéis levados pela professora para a sala de aula. Cada aluno devia ler uma estrofe, em voz alta, para perceber a musicalidade presente nesse gênero textual.

“Depois disso, começamos o trabalho com a análise da estrutura do cordel”, diz a professora. Após a observação das rimas e da musicalidade dos textos, os estudantes passaram para a produção de suas próprias rimas, que depois foram lidas para o restante da turma. “Concluímos as atividades pendurando os cordéis em barbantes e expondo o trabalho para toda a comunidade escolar”, explica Maria Eliana.

No ano passado, ela trabalhou sozinha, mas em 2012 pretende atuar de forma interdisciplinar, em parceria com outros professores. Também pretende aplicar algumas inovações, como levar os alunos para o laboratório de informática e aprofundar o estudo desse gênero literário. Ela quer que os estudantes produzam seus próprios textos e publiquem na internet, numa página que possibilite a divulgação do cordel. “Nesse espaço podemos ler, produzir e expor os nossos cordéis”, salienta a professora.

Fátima Schenini


Saiba mais no Jornal do Professor
Palavras-chave: cordel, cultura nordestina, literatura

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Homenagem do Rei do Baião a Nossa Querida Terrinha da Paraíba

Quando a lama virou pedra
E Mandacaru secou
Quando o ribação de sede
Bateu asa e voou
Foi aí que eu vim me embora
Carregando a minha dor
Hoje eu mando um abraço
Pra ti pequenina
Paraíba masculina,
Muié macho, sim sinhô
Eita pau pereira
Que em princesa já roncou
Eita Paraíba
Muié macho sim sinhô
Eita pau pereira
Meu bodoque não quebrou
Hoje eu mando
Um abraço pra ti pequenina
Paraíba masculina,
Muié macho, sim sinhô
 (Repete)

Muié macho, sim sinhô
Eita, eita

Professor leva projeto sobre o cordel a escolas da Paraíba

Em escolas da região metropolitana de João Pessoa, a literatura de cordel é vista como importante instrumento didático e elemento da cultura. Os estudantes aprendem a produzir textos com os elementos indispensáveis do cordel, com respeito às regras de métrica, rima e tipos de estrofes mais comuns (foto: cordelnarede zip net)O professor e cordelista Francisco Ferreira Filho Diniz percorre instituições de ensino públicas e particulares das áreas urbana e rural do município paraibano de Santa Rita e da região metropolitana de João Pessoa, nos turnos da manhã, tarde e noite. Ele conta a história da literatura de cordel, lê e distribui folhetos e promove oficinas de elaboração de cordel. Também canta, acompanhado por um grupo musical.

Com 22 anos de magistério, Francisco dá aulas de educação física na Escola Municipal São Marcus, no distrito de Várzea Nova, em Santa Rita, para alunos do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. Desde 2000, ele desenvolve o Projeto Cordel, de divulgação desse tipo de literatura enquanto veiculo de comunicação, instrumento didático e importante elemento da cultura. Seu trabalho envolve estudantes de todas as idades e a comunidade escolar em geral.

“Quero colaborar para manter viva essa tradição cultural e provar a capacidade que o cordel tem de educar, de debater qualquer assunto, além de entreter e motivar para a leitura”, afirma Francisco. Por meio da literatura de cordel, ele promove palestras sobre temas como educação, justiça social, cultura popular e corrupção.

Durante as oficinas nas escolas, o professor ensina a produzir textos com os elementos indispensáveis do cordel, com respeito às regras fundamentais referentes à métrica, às rimas e aos tipos de estrofes mais comuns (principalmente sextilha, septilha, décima e quarta) e à oração, ou seja, a história.

Memória — Segundo Francisco, o cordel é uma manifestação cultural que aborda a leitura, o canto, o aspecto rítmico compassado das declamações e a ilustração das capas, por meio de xilogravura, desenho, foto ou pintura. Além disso, de acordo com o professor, o cordel possibilita a memorização de fatos históricos ou acontecimentos e deixa um registro na memória nem sempre possível no texto em prosa. “A escola tem de saber desse potencial dos folhetos de cordel para ter em mãos mais uma forma de estimular os alunos à leitura e à reflexão dos mais diversos assuntos”, enfatiza.

Em parceria com Valentim Quaresma, Francisco escreveu seu primeiro cordel, Zumbi, o Heroi do Brasil, em 2000. Decidiu então divulgá-lo nas escolas. A boa aceitação o estimulou a realizar outros trabalhos e a divulgá-los na internet. Com o êxito obtido, decidiu dedicar-se profissionalmente ao cordel.

Ana Júlia Silva de Souza


Saiba mais no Jornal do Professor
Palavras-chave: cordel, cultura popular, literatura
 
Extraído de http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article id=17826

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Número de candidatos inscritos no ENEM deve superar os 2 milhões nesta sexta

Até as 19h desta sexta-feira, 1º de junho, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) registrou 1.966.270 de inscrições. O estado com mais inscritos até o momento é São Paulo, com 317 mil, seguido por Minas Gerais, com 200 mil. Em terceiro está o Rio de Janeiro, com 169 mil. A expectativa é de que em poucas horas o número de inscritos supere os 2 milhões.

A região com maior número de candidatos até então é a Sudeste, que registrou 730 mil. O Nordeste contabiliza 650 mil. Lá, a maior parte das inscrições vem do Ceará: 115 mil. A região Sul tem 230 mil registros; Norte e Centro-Oeste têm, cada uma, 177 mil.

Do total de inscritos, 192 mil farão a prova para certificação do ensino médio. Os candidatos oriundos de escolas públicas que, por consequência, não precisam pagar a inscrição, somam 372 mil. O número dos que declararam ser de baixa renda é de 854 mil.

O sistema de acompanhamento das inscrições no Enem mostra, também, que 1,1 milhão dos inscritos já concluiu o ensino médio e 492 mil concluirão ainda em 2012. É possível ver, ainda, que 1,5 milhão de candidatos cursaram o ensino médio regular; 158 mil, educação de jovens e adultos, e 12 mil, educação especial.

Assessoria de Comunicação Social
Palavras-chave: Enem